Posso elencar, sem dúvida, que uma das mais belas profissões inseridas na área da saúde é a profissão de Enfermagem. Esta se destaca das demais categorias profissionais por despertar no profissional da saúde uma essência, digo a mais importante, inerente ao ser humano: o amor ao próximo, traduzido no ato de CUIDAR! O profissional de enfermagem, com destaque ao Enfermeiro, de fato CUIDA, tornando-se presente na vida do usuário dos serviços de saúde (e não somente nestes serviços), seja na forma física, emocional ou espiritual. Desta forma, observa-se que o enfermeiro, atualmente, é contratado por empresas, creches, farmácias, escolas, unidades de saúde, dentre outros, como profissional assistencialista, bem como, também é contratado para a função de gestor, neste último, desenvolvendo atividades de gerenciamento dos serviços de saúde.
A ampliação dos espaços de atuação do
profissional Enfermeiro provocou um aumento do interesse dos estudantes em
conhecer a profissão, bem como um aumento do número de vagas nas faculdades
para a carreira. Segundo dados do IBGE, do total de 1.375.238 empregos de
saúde, 39,4% (541.585) pertencem à equipe de enfermagem (FERREIRA et al.,
2007). Os dados estatísticos demonstram, de maneira simples, que a enfermagem é
fundamental para a composição da equipe multiprofissional em saúde, peça
fundamental na prestação de assistência ao cliente.
As deliberações do COFEN estabelecem
parâmetros para Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas
Instituições de Saúde, orientando quanto à adequação do quantitativo de
recursos humanos nas instituições. Essas condições proporcionaram,
conjuntamente com a condição enunciada anteriormente (profissional como peça
chave para o cuidado), a elevação do quantitativo de profissionais de
enfermagem nas instituições de saúde, bem como o aumento do número de escolas
de nível técnico e superior para a formação dos mesmos. No entanto se destaca
que para a inserção e permanência do profissional de enfermagem/enfermeiro no
mercado de trabalho é fundamental a adequação das instituições formadoras em
enfermagem às exigências do mercado de trabalho.
O mercado de trabalho brasileiro tem
demonstrado o acirramento da competitividade e da exigência de profissionais
mais capacitados e habilitados para atuar de maneira flexível e criativa. Essa
necessidade tem influenciado os currículos acadêmicos de instituições
formadoras com vistas à formação de profissionais capazes de adaptar-se às
mudanças técnicas, aumentando suas possibilidades frente à competitividade, à
concorrência e aos efeitos do desemprego no mercado de trabalho.
No entanto, não basta ao estudante de um
curso de enfermagem de nível técnico ou superior ter um ensino de excelente
qualidade, bem estruturado, ter docentes qualificados, se não surgir dele a
força de vontade para o crescimento acadêmico e futuro profissional. Cabe ao
futuro Enfermeiro debruçar-se nos livros, ter horas de estudo a fio, tornar-se
ativo no exercício da futura profissão, participando de cursos e capacitações,
aperfeiçoando a prática nos estágios e projetos de extensão, etc. Enfim, cabe
dedicar-se não somente para a consolidação de uma carreira sólida, mas também
para a consolidação de uma carreira gratificante, em que a reabilitação e a
alegria estampada no rosto do usuário do serviço de saúde será/é a nossa maior
recompensa.
Escrito por Grayce Alencar Albuquerque. Enfermeira, Mestre em
Saúde Coletiva (UNIFESP) e Especialista em Saúde da Família (URCA) e Saúde Coletiva
(UNIFESP), atualmente coordenadora e docente do curso de Enfermagem da Faculdade
de Juazeiro do Norte-CE, FJN.
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