Centro Acadêmico de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte - CAENF

A segunda gestão (2012.2/2013.2) do Centro de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte (CAENF-FJN), entidade representativa dos estudantes do curso de graduação de Enfermagem, visa a transparência e a garantia de liberdade e pluralidade de idéias, assegurando a total legitimidade e representatividade dos acadêmicos em prol de interesses comuns ao corpo discente, docente, técnico-administrativo da FJN e a comunidade em geral.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O que gerenciamento incompetente, corrupção e o caos da saúde têm em comum? São retratos do Brasil.

A cara do Brasil de hoje é a do doente estendido na maca, esquecido no corredor. Não é esta uma das imagens que mais vemos, nos jornais e na Tv? A dos doentes abandonados, em cantos de hospitais? Revoltosos pela falta de atendimento médico ou indignados pela lentidão do sistema? Pois esta é a cara do Brasil. Não podemos negar que as sociedades em sua absoluta maioria, padecem dos males da falta de planejamento, da incompetência gerencial e da carência de serviços básicos aliado à dificuldade de acesso da população aos escassos serviços, que em busca de atenção, vivem em forma de itinerário, de um lado para outro, pois convive-se com o descumprimento de pactuações entre os gestores e uma indefinição de responsabilidades.
Diante do empurra-empurra, o cidadão fica no meio, sem saber ao certo a quem deve recorrer para garantir o seu direito. Com isso, sem informação e necessitado de assistência, o cidadão estabelece relação direta com o hospital, reforçando ainda mais a lógica hospitalocêntrica, que leva à desestruturação da atenção básica enquanto modelo de estratégia e porta de entrada do usuário ao sistema. Em consequência, o principio da integralidade não se efetiva e perfaz-se a fragmentação do sistema desde a atenção básica até os serviços de média e alta complexidade, o que dificulta a visão holística do indivíduo.Por outro lado a corrupção com o dinheiro da saúde nos acompanha desde sempre.
Uma retrospectiva histórico-política da saúde revela que o financiamento e o repasse de recursos sempre foi insuficiente diante das necessidades.O mau uso dos poucos recursos financeiros disponíveis – quando estes não vão engrossar contas bancárias – aliado a entraves políticos e burocráticos transformam, progressivamente, a saúde num caos sem solução que atinge diretamente as populações menos favorecidas.E como no Brasil se convive com um sistema verticalizado que “alimenta” programas e sistemas de informação de serviços em saúde, os gestores nem sempre empregam os recursos da saúde de forma racional, transparente e responsável, até porque a maneira pela qual são administrados não está ao alcance e aos olhos da população e sempre encontrou-se um ‘jeitinho” de desviar os recursos destinados à saúde; além do mais, para locais sórdidos como meias e cuecas. Aonde iremos parar?
Em suma, os maiores culpados não são os bandidos, os corruptos, são os cidadãos como nós que silenciam em meio aos caos, e como a Maria do Carmo, doméstica e semi analfabeta, que “passa a mão na cabeça” dos malandros e ainda no seu discurso, culpa o governo e tão somente, pela falta de remédio no posto. Há quem afirme, categoricamente, que cada povo tem o governo que merece, pois assim o fez.
Versão Resumida
Escrito por: Jameson Moreira Belém.
(Enfermagem - 7º Semestre)

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